Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia:  https://upload.wikimedia.org/

 

 

 

ILIÁ SELVÍNSKI

 

 

Iliá Selvínski (em russo : Илья Львович Сельвинский) é um poeta soviético, nascido na Crimeia, a 11 de outubro de 1899 em Simferopol, então pertencente à Rússia, morto em 22 de março de 1968 em Moscou.

 

(***)

 

A poesia de Selvínski, predominantemente narrativa, com utilização constante da língua coloquial, caracterizou-se também por um gosto pela experimentação verbal, o que chegou a criar-lhe dificuldades com os seguidores das normas soviéticas para a literatura. 

 

(***)

 

No final de sua carreira, porém, reelabora e reedita boa parte dos seus poemas da fase arrojada e construtivista de 1920 e 1930.

 

 

 

ANTOLOGIA RUSSA MODERNATraduções de Augusto e Haroldo de Campos com a revisão ou colaboração de Boris Schnaiderman. Apresentação, resumos biográficos e notas de    Boris Schnaiderman.  Rio de Janeiro: Editôra Civilização Brasileira S. A., 1968.. Desenho
de capa:Marius Lauritzen Bern. (Coleção POESIA HOJE, Série Antologias Volume 17.         Direção de Moacyr Felix.   
Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

ESTUDO alemão, de raiva,
Emparedo-me, eremita...
Ninguém fala uma palavras
De minha língua magnífica.

Zumbe mais negra a ferida,
Silva ríspida a serpente.
Cheguei muito cedo à vida,
Meu tempo me desentende.

Mal-amado, posto à margem,
Há um sentido nesta agrura?
Despenho-me na voragem.
Furor de fonte sulfúrea.

Balneário algum empresa
A fonte inútil que ferve.
Ao mar gelado, sem meta,
Desgarro com minha febre.

Invejando a água que empoça,
Armo sonhos, visões frustradas:
Diminuir, poli a crosta,
Ficar potável, sem juntas.

Mas macio, mais timorato,
Abafar-me com pelúcia.
Ameixa mole num prato,
Verso tépido de Puchkin.

Não adianta ser Colombo...
Mas meu fim demora ainda —
E a mágoa sai como um rolo
De fumaça da narinas.

E estas linhas embaçadas
Como um sopro saem de mim.
Por algum tempo as estradas
Se cobrem de um véu nanquim.

Mas tudo é claro e direto,
Simples como numa tela:
Se a paixão lança um projétil,
No seu fumo se enovela.

A infância dos tempos cessa.
Verás. E ao vento radiante,
O pó das torres supressas
Por tiros de longo alcance.

 

    Cabo Ricárpi, Oceano Glacial Ártico.
1933

(Tradução de Haroldo de campos e Boris Schnaiderman)


*

 

VEJA E LEIA outros poetas clássicos e modernos do MUNDO em Português:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/ANDReI%20BIeLI.html

 

Página publicada em março de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar